29 de nov. de 2014

DIA 29 – VALLENAR, CHILE

Acordei sentindo o chão tão gelado quanto uma pista de patinação no gelo. Tomamos um café, arrumamos as coisas, agradecemos e partimos. Paramos em La Serena na hora do almoço. A cidade era consideravelmente grande e muito bonita. O centro estava bem movimentado e com feiras de artesanatos por toda a parte. Estacionei a moto e fui dar uma volta enquanto Mel esperava com a moto. Comprei um chip para o celular e procurei o almoço. Quatro pastéis e um refrigerante. Voltei até Mel e a moto e comemos antes de ser a vez dela dar uma volta. Quando retornou voltamos a pegar a estrada.
A pista que sucedeu La Serena era péssima, de pista dupla e toda esburacada. No final da tarde chegamos na cidade de Vallenar sem sabermos onde iriamos dormir ainda. Começamos a percorrer a cidade e num certo momento Mel pediu para eu dar meia volta, pois havia visto um salão das testemunhas de Jeová. Há algum tempo atrás ela fazia parte desta religião e disse que eles tem o hábito de ajudar uns aos outros quando necessário. Resolvemos parar lá e nos passarmos por testemunhas de Jeová na esperança de alguém resolver nos acolher. Dito e feito! Enquanto todos aguardavam a chegada da pessoa com a chave dos portões, foram conversando conosco e perguntando a nosso respeito. Uma senhora bem idosa ofereceu nos hospedarmos na casa dela. Prontamente aceitamos, sabendo que também teríamos que participar da reunião que estava para começar. Ela perguntou a Mel se éramos casados, pois se não fossemos não poderíamos dormir juntos. Mel respondeu que sim e cochichou para eu trocar a aliança de mão. Ofereceram o espaço ao lado do salão para eu guardar a moto enquanto aconteceria a reunião. Quando entramos mais pessoas foram chegando, todas muito bem vestidas e cumprimentando uns aos outros. Eu e Mel ambos com as roupas... digamos... gastas pela viagem. Duas horas e pouco depois a reunião termina. Voltei a moto para espantar as quinze crianças que mexiam nela e preparar para partir para a casa da senhora. Ela se aproximou e disse que Mel iria com ela de carro e quem iria comigo na moto seria um rapaz, para mostrar o caminho. O problema é que o rapaz era três vezes maior e mais pesado que a Mel. A pobre moto quase chorou quando nós dois subimos nela e sinceramente não achei que fosse aguentar até chegar na casa.
Alguns minutos depois chegamos na casa da senhora e logo em seguida ela e a Mel chegaram de carro. Ela abriu o portão para colocarmos a moto e depois já entramos na casa. Era uma casa bem simples, feita de madeira e com muitas coisas antigas (como toda casa de vó). Ela nos ofereceu chá e pão e disse que poderíamos tomar banho (com água gelada, haja coragem). A cama que nos ofereceu era no mesmo quarto que o dela e segundo ela disse era a cama de um parente que morreu ou foi embora ou algo assim. Dormimos cedo, com uma tonelada de coberta sob nós em conta do frio!





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