6 de nov. de 2014

Dia 6 - Balneário Camboriú

Acordamos cedo! Tomamos café, preparamos a moto e à nós mesmos, nos despedimos de nossos anfitriões e pegamos a estrada. Eu estava bem tranquilo quanto ao tempo pois Curitiba não era tão longe de Balneário Camboriú. Pegamos um bom trecho na serra e paramos no caminho para um pastel.
Notei que a Suki está se comportando bem melhor que no início da expedição. Já quase não engasga. Ou eu estou sabendo melhor os macetes de pilotá-la ou ela precisava desta "amaciada".
Chegamos em Balneário Camboriú às 13:00. Eu tinha o endereço de dois lugares para camping. Ambos não encontramos, Como o GPS não encontrava os endereços, abordei um homem na rua  e quando pedi por lugares para camping ele nos levou para um lugar onde não existia nada. Eram 15 horas e eu já estava a ponto de sentar e chorar quando resolvemos ligar em um telefone de camping que eu havia marcado no dia anterior. Mel ligou e um senhor passou as direções de como chegar lá. Era numa praia bem afastada da cidade, inclusive tínhamos que pegar a rodovia e depois entrarmos num caminho subindo e descendo serras muito íngremes! A moto tinha que subir na primeira marcha de tão íngreme.
Quando chegamos no lugar um senhor nos recebeu, indicou onde poderíamos montar a barraca e onde eu poderia estacionar a moto. Seria uma vaga ao lado de seu carro. Quando levei a moto até lá ele disse num tom agressivo "cuidado com essa moto para não riscar meu carro!". Tentei não me aborrecer com aquilo e levei na brincadeira "Opa, riscar não pode". Voltei e montei a barraca com Mel. Começamos a nos preparar para visitar a praia mas o senhor se aproximou e me chamou. Eu o acompanhei para preencher uma ficha de registro. Foi só então que ele informou que o pagamento deveria ser adiantado. Mel e eu tínhamos esquecido de tirar dinheiro e tínhamos apenas os cartões de crédito. Ele disse que não aceitaria.cartão e eu teria que pagar naquele mesmo dia. Já era três e meia da tarde e estávamos muito cansados. Mel perguntou se poderíamos pagar no dia seguinte mas ele disse que não. Fiquei bastante aborrecido e fui descarregar a moto para ela pode rodar vazia na cidade. Enquanto eu fazia isto ele se aproximou e disse algo do tipo "Não se chega num estabelecimento sem o dinheiro para pagar". Aquilo me deixou ainda mais bravo e retruquei com ele, o que gerou um bate-boca. Resumindo a história: Ele nos mandou armar a barraca e sair de lá. 15 segundos antes de ele dizer isto eu já estava decidido a irmos embora e tentarmos outro camping que vimos logo ao lado, mas claro que para Mel tecnicamente nós fomos expulsos.
Arrumamos as coisas de novo, colocamos tudo na moto e partimos. Antes de deixarmos o lugar eu dei minha deixa para o senhor: "Vou dar uma dica para o senhor: compre uma maquininha de cartão." Ele se enfureceu e ficou gritando que não ia colocar maquininha pra ter prejuízo e etc, etc etc...
Subimos a serra, descemos a serra (em primeira marcha) e chegamos no próximo camping. Parei no portão e um senhor veio dizendo que estava fechado. Agora ferrou! Perguntei se ele conhecia outro lugar e ele disse: "Sobe a serra, desce a serra, sobre a serra, desce a serra, praia do estaleiro". E lá fomos nós.
Subimos a serra, descemos a serra, subimos a serra, descemos a serra e vinte minutos depois encontrei um lugar chamado Camping Dona Emma. Um senhor nos recepcionou muito bem e disse que poderíamos montar acampamento imediatamente e pagar mais tarde o ou dia seguinte. Conversamos sobre a viagem, deixei a moto em uma vaga do estacionamento e montamos novamente a barraca, não antes de fazermos uma visita à praia.
Na praia notamos que as ondas eram extremamente fortes, Muito mais forte que as de Maresias. Mel tem medo do mar então entrei sozinho, correndo como uma criança. Logo nas primeiras ondas meu corpo foi atirado longe pela força d'água. Mel achou que naquele momento a expedição iria perder seu capitão! Não morri, apenas engoli alguns litros de água salgada e voltamos para o camping.


Passamos o resto do dia lá, tomamos banho, organizamos as coisas, cozinhamos e voltamos à praia pela noite para dar uma volta. Estava frio e garoava a todo momento. Já na hora de dormir a garoa se tornou uma chuva muito intensa. Tanto que a capa de chuva da barraca não suportou e tivemos goteira dentro dela. Corri para a moto, peguei nossas capas de chuva e coloquei sobre a barraca, que resolveu o problema. Na verdade o plano inicial era montarmos a barraca em uma vaga da garagem, pois o camping estava vazio. Mas o lugar estava sob reforma e havia muita poeira. Eu tenho alergia à poeira e posso ficar muito mal, por isso tivemos que montar acampamento na grama.
Mesmo dormindo praticamente no chão dormirmos com pedra!





Quilômetros rodados:

No dia: 285 kms

No total: 1.692 kms

2 comentários:

  1. Amigo nessas horas é sempre bom carregar aquela lona preta de Construção civil, ela tem 4 metros de largura mas por ser de material frágil (tipo saco de lixo) é melhor usar dobrada mesmo, alem de servir de cobertura extra (sobre teto) tbm pode usar em baixo da barraca pra evitar a umidade, quase não ocupa espaço e por ser leve pode enrrolar e carrega-la atrás da bolha. Custa uns 5$ o metro.

    Boa Viagem

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