4 de nov. de 2014

Dia 4 - Curitiba, PR

Hoje acordei me sentindo com muita sorte. Pensei sobre nosso trajeto nestes primeiros três dias e o quanto tudo tem dado certo. O fato de termos conhecido Neto ontem e ele ter se disposto a nos ajudar me fez sentir muito bem e trouxe um tremendo alívio quanto a hospedagem em Cajati. Isto realmente nos faz recuperar a esperança na disposição do ser humano em ajudar o próximo, até mesmo abrindo as portas de sua casa para dois estranhos. Ficamos muito gratos.
Despedida: Neto e sua família
Tomamos café com todos, entregamos adesivos e tiramos fotos. Mel ganhou um vestido de Selda, irmã de Neto que ficou sensibilizada por saber que ela havia perdido roupas na estrada. Mel adorou. Preparamos a moto e nos equipamos. Minha jaqueta emperrou o ziper e não subia nem descia. Depois de tentar desce-lo por quinze minutos perdi a paciência, arranquei o zíper à força e o chutei para longe. Resultado: viajar com a jaqueta aberta e todo o vento entrando me fazendo parecer um daqueles bonecos birutas de posto de gasolina.

Pegamos a estrada debaixo de muita chuva.
Estávamos próximos a Curitiba já, por isso eu sabia que chegaríamos antes do almoço. Passamos por inúmeras driblando os muitos caminhões na rodovia. Eu não via um carro ou moto sequer, apenas caminhões e nós. A velocidade permitida nesta parte da BR-116 é muito baixa em consequência dos riscos de acidente, apenas 60kms/h. E há radares por todo lado. Mantínhamos uma velocidade média de 80kms/h e quando eu via o radar desacelerava rapidamente. Espero não ter sido multado!
Saímos de Cajati às 9:00 e chegamos em Curitiba às 12:30 com muita chuva e relâmpagos nos acompanhando. O trânsito na cidade é intenso. Andar numa cidade grande com a moto carregada nos deixa enormemente mais tensos do que rodar na rodovia entre duzentas carretas. Quando a chuva apertou muito o risco aumentou, por isso paramos em um posto de gasolina. Confesso que duvidei quanto à capacidade do GPS ser de fato à prova d'água. Mas ele não me decepcionou. Nem a câmera do guidão.
Quando a chuva diminuiu seguimos rota até o prédio de Carla e Ednardo. Eles são o casal que aceitou nos hospedar após eu enviar o pedido via Couchsurfing. Tivemos tamanha sorte que eles mesmo sem terem nos conhecidos confiaram em deixar com o porteiro do prédio a chave do apartamento para entrarmos e nos acomodarmos, já que eles tiveram que sair para trabalhar. Mais um fator de sorte na viagem. E não podia ter acontecido em dia melhor, pois chegamos encharcados e cansados. Tomamos um banho, comemos algo e descansamos. Ednardo chegou ao entardecer, conversamos e ele nos sugeriu conhecermos o shopping center próximo ao prédio. Fomos até lá à pé e comprei um novo par de tênis (o anterior foi perdido na estrada junto às coisas da Mel), além de um cartão de memória que a câmera do guidão necessitava e até o momento não tinha. Agora poderei registrar vídeos da rota!
Em vista de termos chegado um pouco tarde e o tempo não ter possibilitado passearmos pela cidade decidimos ficar mais um dia em Curitiba, para podermos turistar amanhã! Carla e Ednardo aceitaram, graças a Deus!
E que a chuva dê uma trégua! Até amanhã!

Quilômetros rodados:

No dia: 189 kms

No total: 1.407 kms





COLANDO NOSSO ADESIVO!

CARLA E EDINARDO NOS RECEBENDO EM CURITIBA

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