Pegamos a estrada às 9 da manhã. Com o problema do farol queimado
tivemos que parar em Los Andes e procurarmos uma oficina para comprar a
lâmpada. Quando encontramos aproveitei e comprei uma garrafa de óleo para a
próxima troca. Na calçada mesmo desmontei o farol e troquei a lâmpada. Sendo
feito, seguimos viagem até a ruta 5, a via Panamericana. Passamos por muitos e
muitos aerogeradores. Avistamos o oceano Pacífico e todo o vento frio que ele
nos saudava. Às 4 da tarde e depois de rodarmos 340 quilômetros ainda sem
almoçar resolvemos encerrar o dia e procurar um lugar para dormir. Encontramos
um restaurante de beira da estrada e imaginávamos que seria bom e barato. 14
reais por um prato de comida. Para economizarmos pedimos apenas um para comer
os dois. Mais de meia hora depois o prato chega e com ele um desapontamento
tremendo. Duas colheradinhas de arroz muito duro e seco, requentado no
microondas, um pedaço de bisteca de carne e batata frita pingando óleo. O
refrigerante foi tão decepcionante quanto. Parecia ki-suco com gás. Comemos, pagamos
e saímos para procurar abrigo para a noite. Atrás do restaurante havia algumas
poucas casas e fomos de uma a uma pedir abrigo. Em apenas uma delas havia
gente. A mulher disse que poderíamos montar a barraca “logo ali”. O logo ali
dela era duas casas depois da dela, numa rota de entrada e saída de carros. Mel
resolveu apelar e pedir às moças do restaurante. Elas foram bem compreensíveis
e nos deixaram ficar nos fundos do restaurante onde estavam finalizando a
construção de uma cozinha nova. Ainda levaria 3 horas para anoitecer, então
ficamos tirando fotos, admirando a paisagem, passando um pouco de frio e
comendo bolacha velha que Mel havia comprado numa vendinha ali ao lado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário