21 de nov. de 2014

DIA 21 – EL VOLCAN, ARGENTINA (PRIMEIRO DIA)

Tínhamos um caminho longo pela frente, cerca de 300 quilometros de retas e mais retas com nada de um lado, nada de outro. A viagem foi bem tranquila, apesar das nuvens negras insistirem em nos seguir. Porém a chuva não veio, graças a Deus. A paisagem nos recompensou o esforço.
Chegamos a San Luis 4 horas mais tarde, após fazer curtas paradas a cada 100 quilometros para esticarmos as pernas e a moto esfriar um pouco. Na última parada a fome era tanta que decidimos prepara um almoço na beira da estrada. Encontrei uma bifurcação para um campo e foi lá mesmo que descarregamos nossos utensílios junto à espiriteira e panela para cozinharmos macarrão com arroz. Foi aí que notei um furo em um dos galões de combustível, que nos fez perder mais um galão.  temperatura já era bem mais baixa do que na capital Buenos Aires. Mel já vestia 3 blusas e 3 calças e ainda tremia de frio.
Eu tinha o endereço de cerca de 6 lugares para camping na cidade. Quando chegamos na entrada da cidade já tratei de buscar pelo mais proximo. Mas um a um fomos descobrindo que os endereços estavam incorretos. Aparentemente o website da prefeitura de San Luis não é muito confiável. Não tínhamos dinheiro para pagar um hotel ou pousada e o desespero já começava a tomar conta. Foi quando avistei uma loja de artigos para pesca, caça e camping. Resolvi entrar lá e perguntar por lugares para camping. O homem me disse que não havia nada dentro da cidade, apenas nas regiões vizinhas. Seguimos o caminho indicado por ele subindo montanhas rochosas até El Volcan, há 980 metros de altitude. Entamos por estradas não pavimentadas e quando já estávamos a ponto de desistir um homem veio até nós de moto. Perguntou se estávamos procurando pelo camping. Dissemos que sim e ele pediu que o acompanhasse.

O homem, chamado Jorge, nos levou para o lugar que estávamos procurando. Um camping bom e barato. Iria nos custar 70 pesos (23 reais) para os dois. Armamos nossa barraca, tomamos banho e fomos preparar o jantar com o que tínhamos: arroz e sopinhas. Porém Jorge nos ofereceu um assado. Saiu para comprar e voltou com linguiça, choriço e tripas (eca). Preparou na grelha enquanto nós cozinhávamos o arroz na espiriteira. Depois Jorge voltou a sair e retornou com alguns pães. Comemos até não aguentarmos mais. O frio também já não nos deixava aproveitar tanto. Fomos dormir exaustos.



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