19 de nov. de 2014

DIA 19 - Junin, Argentina

Acordamos cedo, tomamos café e começamos a arrumar nossas coisas. Foi um verdadeiro desafio matinal ter que descer todas as coisas por 54 degraus. Levamos às coisas ao estacionamento onde estava a moto. Caia uma chuva intensa. Quando colocamos tudo na moto e estávamos prontos para sair uma surpresa: o pneu traseiro estava murcho. De novo. Eu não podia acreditar. Como pode a câmara recém-trocada já ter furado? Após averiguar melhor constatei que não estava furada, apenas murcha por algum motivo misterioso. Certamente eu havia feito algo de errado quando troquei o pneu em Montevidéo. O enchi com a bomba manual e iniciamos a rota.

Debaixo de uma verdadeira tormenta pegamos as vias até a ruta 7. Eu não podia dizer à Mel mas não conseguia ver um palmo na minha frente de tanta chuva que caía. Preocupado com o pneu parei num posto para verificar a calibração e injetar a vacina de pneu. O que fiz foi uma verdadeira meleca. Esvaziei o pneu mas não tirei o pino do pneu para aplicar a vacina e o tubo explodiu meleca verde para tudo quanto é lado. Na hora de encher o pneu a mangueira de ar não encaixava na minha roda. Pedi ajuda a outro motociclista chamado Seba que também não conseguiu e acabamos tendo que revezar para encher com a bomba manual. Seguimos viagem até Junin, onde chegamos três horas depois. Eu havia conseguido hospedagem em Junin com uma garota chamada Julieta no couchsurfing. Quando chegamos à cidade tentei entrar em contato com ela mas ela não dava resposta. A solução foi nos dirigirmos ao Parque Florestal de Junin e acamparmos as margens de uma lagoa com milhões de pernilongos nos atacando. Estava esfriando rápido, armamos a barraca alí mesmo e fomos até o cais para observarmos um por-do-sol fantástico. Na vendinha do parque compramos ovos, hamburger e um pão um pouco mais duro que o guidão da moto para prepararmos na espiriteira. Jantamos e fomos dormir.






Um comentário: